Veja também:
- Novos apoios às famílias em cinco pontos. Para onde vão os 2,5 mil milhões?
- Fesap "valoriza" medidas do Governo para a Função Pública, mas pede apoios com retroativos
- "Brincar com o desespero das famílias". Partidos reagem aos apoios anunciados pelo Governo
- Apoios às famílias vão dar entre 2% e 16% de rendimento a mais aos portugueses, diz Medina
A Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados (APRE) diz que o Governo está a deixar este setor da população para trás.
O Governo apresentou um novo pacote de apoio às
famílias esta sexta-feira, mas sem nenhuma medida direcionada para os
pensionistas.
À Renascença, a presidente da APRE lamenta que em tantas medidas "não sejam referidas as pessoas reformadas", apelando, por exemplo, "à redução de IVA de medicamentos" e ao aumento das pensões.
Maria do Rosário Gama diz que falta também "referência aos mais velhos vulneráveis".
"A energia, as rendas, os lares subiram imenso. As pessoas tiveram um aumento de 2% e os lares aumentaram 8%. É muito difícil fazer frente a tantos aumentos", aponta.
A presidente da ARPE pede "aumentos justos" para os pensionistas, ou seja, "a um valor idêntico à inflação", com efeitos retroativos, até porque "a inflação não começou agora".
Maria do Rosário Gama destaca "que as dificuldades têm sido recorrentes" e há "pensionistas extremamente prejudicados".
E aponta que, apesar de diálogo com o Governo e deputados da Assembleia da República, os pensionistas sentem que a sua voz "não chega aos ouvidos do Governo".
"Se os reformados pudessem fazer greves, se calhar já teria havido uma atenção maior. Como não fazem greves, o Govern descuida-se. Parece que somos filhos de um deus menor", ironiza.