Pelotão sem casos de Covid-19 após testes protocolares no Tour
11-07-2022 - 11:15
 • Lusa

Todos os ciclistas em prova foram testados na noite de domingo, antes o dia de descanso.

Os testes de deteção do coronavírus realizados no domingo aos ciclistas participantes na 109.ª Volta a França deram todos negativos, anunciou a União Ciclista Internacional (UCI), esta segunda-feira.

A federação internacional precisa que, no seguimento do protocolo sanitário estabelecido no contexto da pandemia de Covid-19, "todos os ciclistas a participar na Volta a França foram testados na noite de 10 de julho".

"Todos os testes foram negativos", completa a UCI, alertando, no entanto, para a necessidade de "todos os participantes" continuarem "a usar máscara, manter uma distância física suficiente e desinfetar as mãos com frequência".

Os três casos de Covid-19 detetados em ciclistas da 109.ª "Grande Boucle" este fim de semana faziam temer uma nova vaga da doença semelhante à registada na Volta a Suíça, a menos de duas semanas do arranque do Tour, que levou a dezenas de abandonos e que colocou em causa a participação de vários corredores, como o português Nelson Oliveira (Movistar), na prova francesa.

Esta é a primeira bateria de testes (antigénios) realizada aos ciclistas da Volta a França, no seguimento da alteração de protocolos anunciada pela UCI a três dias do "Grand Départ", em 1 de julho, na Dinamarca, e que incidia "essencialmente" nas grandes Voltas.

Nessa atualização das regras sanitárias relativas à Covid-19, a federação internacional deixou cair a que autorizava os organizadores das grandes Voltas a excluírem uma equipa que tivesse dois casos no espaço de sete dias.

Entre as medidas obrigatórias, a UCI incluía a apresentação de "pelo menos um teste antigénio negativo" por parte de todos os elementos de uma equipa dois dias antes do início da corrida e a realização de novo teste antigénio nos dias de descanso, incluindo por parte dos comissários, dos delegados e do pessoal antidoping.

"Na eventualidade de um caso de Covid-19 numa equipa ser confirmado por um teste antigénio e, posteriormente, por um PCR [quer seja um corredor ou um membro do "staff"], a decisão de potencialmente isolar esse caso deve ser tomada coletivamente pelo médico da equipa em causa, o médico responsável pela Covid-19 no evento e o diretor médico da UCI, com base nos elementos clínicos disponíveis", notava.

Esta medida foi colocada em prática no domingo de manhã, com uma decisão colegial a retirar da corrida o francês Guillaume Martin (Cofidis), um dos candidatos ao "top 10", antes do início da nona etapa.

Na atualização das normas de 28 de junho, a UCI passava também a "recomendar fortemente" que durante a corrida, "se possível diariamente, mas pelo menos a cada dois ou três dias", fossem realizados testes antigénio aos membros das equipas, corredores excluídos, assim como a comissários e delegados.

O pelotão da Volta a França cumpre, esta segunda-feira, o segundo dia de descanso da 109.ª edição, regressando à estrada na terça-feira, na 10.ª etapa, uma ligação de 148,1 quilómetros entre Morzine e Megève.