O antigo ministro da Defesa Azeredo Lopes assume ter tido conhecimento de que as armas dos paióis de Tancos foram encontradas na sequência de uma chamada fabricada, avança a SIC.
Arguido no processo, Azeredo Lopes foi ouvido esta segunda-feira pelo juiz de instrução, Carlos Alexandre.
O antigo ministro da Defesa terá afirmado que não informou as autoridades sobre a encenação porque não tinha o dever de o fazer, adianta a SIC.
Em declarações aos jornalistas no final da audição, Germano Marques da Silva, advogado de Azeredo Lopes, adiantou que o antigo ministro disse em tribunal que, “depois do encontro das armas, teve informações do chefe de gabinete [Martins Pereira] de várias coisas que aconteceram”.
“Eu entendo que não tem nada que denunciar. Isso é uma questão puramente jurídica. O ministro não é [funcionário público]. A Polícia Judiciária Militar está na dependência funcional da Procuradoria-Geral da República. Ele deve denunciar o quê? A chamada anónima, quando isso se passou, esses elementos já eram do conhecimento da Procuradoria-Geral da República, que ia abrir um processo disciplinar contra os funcionários”, afirmou Germano Marques da Silva.