João Paulo Correia: "Quanto tempo falta para que o nosso clube seja presidido por uma mulher?"
22-05-2023 - 09:14
 • Eduardo Soares da Silva

O secretário de Estado da Juventude e do Desporto apela ao "investimento nas novas gerações" na 2.ª Conferência Bola Branca, destaca o investimento nos Jogos Olímpicos e na saúde mental dos atletas de alto nível.

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João Paulo Correia, secretário de Estado da Juventude e do Desporto, acredita que há muito trabalho a fazer pela igualdade de género no desporto.

No discurso de abertura da 2.ª Conferência Bola Branca, sobre "Talento, Ética e Igualdade", o representante do Governo com a pasta do desporto acredita que "ainda falta muito tempo" para que clubes sejam presididos por mulheres.

"O número de praticantes femininos tem crescido muito, mas é nas lideranças que se fazem as mudanças. Quanto tempo falta para que o nosso clube de preferência seja presidido por uma mulher? Se conseguirmos responder a esta pergunta, vamos ter a perceção que falta muito tempo para lá chegar", afirma.

Nesse sentido, João Paulo Correia apela ao "investimento nas novas gerações. Vai avançar uma campanha fortíssima para as jovens do ensino secundário".

O secretário de Estado da Juventude e do Desporto anuncia ainda a criação de um apoio para as atletas desportivas no regresso à competição após a maternidade.

"Será uma das medidas para 2023, na altura da apresentação do Orçamento de Estado, porque é preciso que se façam mudanças no plano das atletas que decidem ser mães e depois precisem de alguns meses para chegar à forma de alto nível. Precisam de apoio para que isso aconteça", atira.

João Paulo Correia enaltece ainda o "valor histórico de 700 mil praticantes federados em 61 federações desportivas".

Como objetivo para os Jogos Olímpicos do próximo ano, em Paris, João Paulo Correia explica que o "Governo fez a escolha clara de financiar a participação com o maior valor de sempre, um aumento das bolsas, e investir nas esperanças olímpicas para preparar já 2028 e 2032, como preparar uma bolsa de continuidade para que os atletas não fiquem reféns dos seus resultados".

"Queremos melhorar os resultados e diversificar as modalidades nos Jogos. Se possível, diminuir a média de idades nas duas participações olímpicas e paralímpicas", termina.

"Uma outra medida fundamental foi a criação, num protocolo com a Cruz Vermelha, para a saúde mental no alto rendimento desportivo. É um tema cada vez mais presente e está criado e ao serviço de todos", atira.