A posição da refinaria de Sines no ranking dos maiores poluidores do país, publicado pela associação Zero, “não é uma surpresa”, disse a Galp, explicando que, depois do encerramento de Matosinhos, todas as atividades “ficaram concentradas em Sines”.
A refinaria da Galp em Sines é o maior poluidor do país, com 2,67 milhões de toneladas de dióxido de carbono emitidas em 2022, segundo uma lista dos 10 maiores poluidores de Portugal divulgada esta quarta-feira pela associação Zero.
Segundo a Galp, “a posição da refinaria de Sines neste ‘ranking’ não é uma surpresa”, sendo que, “após o encerramento da refinaria de Matosinhos, todas as atividades de refinação ficaram concentradas em Sines, sendo esta responsável pela produção de 85% de todos os combustíveis consumidos em Portugal”, destacou a petrolífera, numa reação enviada à Lusa.
Além disso, indicou, “em 2022 verificou-se uma aceleração dos consumos por comparação com os anos anteriores (2020 e 2021), em que ainda estavam em vigor medidas restritivas associadas à pandemia, pelo que a produção da refinaria teve um incremento relativamente aos anos anteriores”.
Por outro lado, indicou a Galp, “a disrupção provocada nos mercados energéticos pela invasão da Ucrânia também teve consequências nas operações, no que diz respeito ao aprovisionamento de gás natural”.
Assim, “seguindo as orientações da Comissão Europeia com vista a garantir a segurança no abastecimento do mercado nacional e a normal operação da refinaria, pontualmente, substituímos a utilização de gás natural por outro tipo de produtos energéticos de maiores emissões associadas para disponibilizar maior volume de gás natural ao mercado interno evitando disrupções”, explicou a petrolífera.
A Galp garantiu que, “apesar destas perturbações”, deu “passos concretos no caminho da descarbonização com os quais, desde 2017, as emissões associadas à atividade de refinação da Galp, no seu conjunto, caíram 26%”.
A empresa destacou ainda que “tem em curso planos para investir mais de dois mil milhões de euros na redução gradual das emissões carbónicas de Sines”, com a “produção de hidrogénio verde, de biocombustíveis avançados e de “uma nova gama de combustíveis neutros ou de baixo carbono para aviação, marinha e transporte pesado de mercadorias”, bem como para os “carros atuais com motor de combustão interna”.
“É o maior projeto industrial alguma vez levado a cabo em Portugal”, assegurou.