O Ministério da Agricultura abre um novo período de candidatura para estabilização dos solos nas zonas afectadas pelos incêndios de Outubro.
Em causa estão mais 23 milhões de euros, anunciados pelo ministro da Agricultura, Capoulas Santos. No total, o apoio financeiro passa a ser de 89 milhões de euros.
O ministro reuniu-se com o Conselho Florestal Nacional, um encontro extraordinário com este órgão consultivo do Ministério.
Quanto aos apoios aos agricultores afectados pelos incêndios de 15 de Outubro, mesmo os que não têm registo de actividade, o ministro garante que o processo é semelhante ao adoptado para Pedrógão Grande.
“Houve uma ajuda até 1053 euros que foi financiada pelo Ministério da Segurança Social, medida que vai agora aplicar-se aos 41 municípios dos incêndios de 15 e 16 de Outubro. A candidatura é a descrição dos prejuízos e uma vez verificados serão indemnizados de acordo com a tabela de valores. É muito simples”.
Questionado pela Renascença sobre o baixo preço da madeira ardida devido ao excesso de oferta, Capoulas Santos admite que é um problema sério.
O ministro lembrou que o Governo já tem uma linha de financiamento de cinco milhões de euros para parques de madeira.
“Trata-se da necessidade de criar parques que possam armazenar essa madeira para ir sendo lançada no mercado à medida das necessidades da indústria. Para isso, terá de ser cortada e parqueada. O Governo admite criar parques para a própria madeira do Estado para que os agricultores acedam a essa madeira e que essa madeira que adquiram não possa ser inferior a 20 euros por tonelada”, acrescenta.