A vacina da Johnson & Johnson contra a Covid-19 é 73,6% eficaz na prevenção de infeção por SARS-CoV-2. Os dados constam de um estudo publicado na revista científica JAMA Network Open.
O estudo avaliou pacientes do Sistema de Saúde da Mayo Clinic, uma organização norte-americana sem fins lucrativos, entre fevereiro e julho deste ano. Os investigadores acompanharam quase 9.000 pacientes inoculados com a vacina da Janssen e quase 89.000 pacientes não vacinados.
Entre os pacientes vacinados, 60 testaram positivo à Covid-19. Já o número de resultados positivos em testes de PCR entre o grupo não vacinado fixou-se nos 2.236.
As conclusões apontam para uma eficácia de 73.6% que resultou numa redução de 3,7 vezes nas infeções por Covid-19.
Os resultados corroboram os dados de ensaios clínicos anteriores que tinham apontado uma eficácia de 66,9% no combate à infeção grave por SARS-CoV-2.
Em comunicado, o Dr. Mohammad Sajadi, do Instituto de Virologia Humana da Escola de Medicina da Universidade de Maryland,defendeu que os novos resultados sugerem que "há espaço para melhorias" na produção da vacina da Johnson & Johnson.
"Torna-se cada vez mais claro que o regime de dose única da vacina [Janssen] parece ser inferior às vacinas de mRNA em termos de eficácia", escreveu Sajadi, comparando a vacina J&J a um tipo diferente de vacina Covid-19 produzida pela Pfizer / BioNTech e Moderna.
Sajadi recordou que o mesmo grupo de cientistas que conduziu este último estudo da Johnson & Johnson tinha já analisado a eficácia das vacinas Pfizer e Moderna Covid-19, que apresentaram uma eficácia "significativamente maior". Nesse estudo, a eficácia da vacina Pfizer foi de 86,1% e da Moderna de 93,3%.
Para o investigador, a melhoria da vacina J&J pode ser alcançada através de uma segunda dose ou um reforço de uma vacina de mRNA.