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A chanceler alemã, Angela Merkel, defendeu, esta quarta-feira, que “a Europa precisa de mais poderes na área da saúde” e disse estar disponível "para alterações aos Tratados” da União Europeia (UE) se elas “fizerem sentido”.
Durante um debate "online" sobre o futuro da Europa, organizado pelo Grupo do Partido Popular Europeu, no Parlamento Europeu, Merkel assinalou que, no seu entender, "é claro, desta crise, que embora este seja um desafio global, são necessárias respostas europeias". Para tal, "A Europa precisa de mais poderes" na área da saúde.
“Isso pode requerer alterações aos Tratados, eu estou sempre aberta a alterações aos Tratados se fizerem sentido”, sublinhou a chanceler alemã, acrescentando que poderia haver “mais coordenação entre governos” no âmbito da saúde, por exemplo.
Para Angela Merkel, “as coisas teriam sido ideais” no combate à pandemia de Covid-19 se a UE tivesse adotado “desde sempre uma abordagem europeia no que respeito a confinamentos e medidas restritivas”.
Merkel sugere alterações estruturais na UE
Em relação à Conferência sobre o Futuro da Europa, a líder alemã disse ter “esperança” de que as questões que estarão em cima da mesa “se relacionem com as vidas das pessoas”.
“Há assuntos estruturais, como até que ponto é que a presidente da Comissão Europeia pode ser diretamente eleita, e se o presidente do Conselho [Europeu] e da Comissão poderiam ser fundidos”, apontou.
Com esta ideia, Angela Merkel explicou que não está a “pedir que o presidente do Conselho e da Comissão sejam a mesma pessoa”, mas que tal conceção dos poderes das instituições europeias “depende da perspetiva nacional” dos 27 Estados-membros.
“A visão francesa será muito diferente da visão alemã. Nós temos um sistema de duas câmaras, temos o ‘bundesrat’ [câmara alta] e o ‘bundestag’ [câmara baixa], posso viver bem com essas entidades diferentes e, para mim, o Conselho Europeu pode, talvez, ser comparado com o sistema de duas câmaras da Alemanha, talvez”, frisou.