O presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, congratulou-se esta terça-feira com a já confirmada saída do Manchester City da Superliga, da qual era um dos clubes fundadores, e saudou o regresso do emblema inglês "à família do futebol europeu".
"Estou muito satisfeito por dar as boas-vindas ao Manchester City neste seu regresso à família do futebol europeu", começou por saudar Ceferin, em comunicado.
O líder da UEFA elogiou a "inteligência" demonstrada pelos 'citizens', depois de "ouvirem as inúmeras vozes que se levantaram - sobretudo dos próprios adeptos - e que lhes fizeram ver os benefícios do atual sistema do futebol europeu, desde a final da Liga dos Campeões, que é um êxito mundial, até à primeira sessão de treino de um jovem jogador da formação".
"Como referi no congresso da UEFA, é preciso coragem para admitir um erro, mas nunca duvidei de que teriam capacidade e bom senso para tomarem esta decisão. O Manchester City é uma mais-valia para o futebol e estou muito satisfeito por poder trabalhar com eles para um futuro melhor para o futebol europeu", salientou o esloveno.
O Manchester City comunicou esta terça-feira que vai abandonar a Superliga europeia de futebol, anunciada na noite de domingo com outros 11 emblemas, entre os quais o Chelsea, que deverá seguir o mesmo caminho, segundo a Associated Press.
"O Manchester City pode confirmar que iniciou formalmente o procedimento para se retirar do grupo responsável pelo desenvolvimento do projeto da Superliga europeia", escreveu o clube inglês, num curto comunicado divulgado na página oficial na Internet.
Entretanto, a Federação inglesa (FA) saudou a decisão de "diversos clubes" de abandonar o projeto da Superliga europeia.
"Saudamos a decisão de diversos clubes de abandonar o projeto de uma Superliga europeia, que ameaça toda a pirâmide do futebol", pode ler-se no comunicado da FA, que não revela quais os clubes.
A tomada de posição do clube britânico, no qual atuam os portugueses João Cancelo, Rúben Dias e Bernardo Silva, surge poucas horas depois de notícias da imprensa inglesa, que indicavam a retirada dos 'citizens', assim como a dos 'blues', outro dos co-fundadores.
Segundo revelou à Associated Press uma pessoa que preferiu manter o anonimato, os londrinos deverão comunicar igualmente a saída, faltando apenas preprarar os documentos a enviar para o grupo da Superliga europeia.
De resto, numa altura em que ainda não havia confirmação da saída do City da Superliga, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, felicitou os 'citizens' e também o Chelsea pela decisão de abandonarem a nova competição europeia.
"A decisão do Chelsea e do Manchester City, a confirmar-se, é a mais correta e felicito-os por isso. Espero que as restantes equipas que integram esta Superliga sigam o mesmo caminho", escreveu Boris Johnson, na rede social Twitter.
No domingo, AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, FC Barcelona, Inter Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham anunciaram a criação da Superliga europeia, à revelia de UEFA, federações nacionais e vários outros clubes.
A UEFA anunciou que vai excluir todos os clubes que integrem a Superliga, assegurando contar com o apoio das federações de Inglaterra, Espanha e Itália, bem como das ligas de futebol destes três países.
Entretanto, o organismo que rege o futebol europeu anunciou o alargamento da Liga dos Campeões de 32 para 36 clubes, a partir de 2024/25, numa liga única, em que cada equipa joga contra 10 adversários, cinco jogos em casa e cinco jogos fora.
Os oito melhores classificados vão ser apurados diretamente para os oitavos de final, enquanto os classificados entre o 9.º e o 24.º lugar vão disputar um 'play-off' para apurar outras oito equipas.