Pela primeira vez esta sexta-feira, Donald Trump sugeriu que, afinal, poderá não ser o próximo presidente dos Estados Unidos (EUA).
“Veremos quem será o presidente em janeiro”, afirmou o presidente ainda em funções numa declaração a partir da Casa Branca com o balanço da Covid-19 no país, bem como dos avanços terapêuticos para combater a doença.
De resto, esta foi, também, a primeira vez que Trump não denunciou as alegadas irregularidades no processo eleitoral desde que foi confirmada a vitória do democrata Joe Biden.
Sobre a abordagem futura ao contexto pandémico, Donald Trump refere que, “idealmente, não iremos para um confinamento, eu não irei para um confinamento, esta administração não irá para um confinamento. Na melhor das hipóteses, o que quer que aconteça no futuro, quem sabe que administração será… Acho que o tempo dirá”, disse o líder norte-americano que, noutro plano, se mostrou otimismo quanto à futura vacina desenvolvida pela Pfizer que tem mostrado uma eficácia superior a 90%.
Trump disse esperar que a vacina seja aprovada em breve, acrescentando que a sua administração pretende avançar nas próximas semanas com uma campanha de imunização dos grupos mais vulneráveis à doença.
Com a administração da vacina, Trump disse esperar uma descida rápida e acentuada do número de casos da Covid-19 nos próximos meses, destacando, também, o papel que outros fármacos desenvolvidos nos EUA podem ter para evitar casos mais graves e que têm reduzido em 85% a mortalidade provocada pelo novo coronavírus.
Numa aparente mudança de discurso, Trump, que sempre se mostrou cético em relação ao distanciamento físico e à utilização de máscaras como maneiras de combater a disseminação do novo coronavírus, pediu à população para estar “vigilante, principalmente, à medida que o tempo fica mais frio”.
E finalizou a declaração, afastando-se do público, sem permitir perguntas aos jornalistas.