O ex-candidato à nomeação democrata à presidência norte-americana, Bernie Sanders, lidera um grupo de figuras públicas que pedem ao Presidente Barack Obama clemência para Edward Snowden, o consultor informático da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla inglesa) que em 2013 revelou a existência nos serviços de informações dos Estados Unidos de programas de vigilância em massa de comunicações.
Numa carta ao jornal britânico "The Guardian", Sanders explica que Snowden alertou os norte-americanos e o mundo para a forma como a NSA tinha implementado um programa de vigilância global que viola os direitos dos cidadãos.
Sanders argumenta que as revelações de Snowden devem ser atenuantes que permitam que não tenha de viver constantemente no exílio ou seja sujeito a uma pena de prisão perpétua caso pise solo norte-americano.
A este manifesto juntam-se outras 20 figuras públicas, desde actores de Hollywood, políticos a músicos, que pedem a Obama que deixe Snowden regressar do exílio na Rússia.
O apelo ganha força na semana em que é lançado o filme de Oliver Stone, “Snowden”, e em que a Amnistia Internacional e a ACLU, uma organização que luta pelos direitos civis nos Estados Unidos, vai lançar uma nova petição para pedir o perdão presidencial, antes de Obama sair do lugar.
Entre os assinantes da missiva estão também a actriz Susan Sarandon, o analista militar Daniel Ellsberg, o director da saga Monty Python, Terry Gilliam, o activista Noam Chomsky e Thurston Moore, membro dos extintos Sonic Youth.