O avião da companhia aérea Hi Fly fretado por França para ir buscar cidadãos portugueses e outros europeus a Wuhan, ainda não partiu de Paris. O atraso previsto é de 20 horas.
Dois portugueses em Whuan confirmaram à Renascença que a saída da China foi adiada e que a comunidade está a ser acompanhada por dois elementos da embaixada portuguesa de Pequim, que se deslocaram até lá.
Os diplomatas informaram os 17 cidadãos que o voo de regresso à Europa já não iria acontecer esta sexta-feira à tarde, como previsto. Já a reunião na embaixada francesa, marcada para às 18h00 (10h00 em Portugal) desta sexta-feira foi cancelada.
Os membros da embaixada portuguesa de Pequim estão a visitar todos os portugueses, que estão aconselhados a permanecer em casa, para entregar bens essenciais, como máscaras e água e perceber outras eventuais necessidades.
De acordo com um português, a comunidade portuguesa está tranquila e confiante que “amanhã será o grande dia” em que vão abandonar a cidade.
O Airbus A380, o maior avião comercial do mundo, que partiu na quinta-feira do aeroporto de Beja, está preparado para descolar já com pessoal médico francês a bordo, mas ainda não terá recebido a autorização final por parte do governo chinês.
O voo ainda vai fazer escala em Hánoi, no Vietname, para trocar de tripulação.
Segundo o comandante da Hi Fly deverão ser repatriadas 350 pessoas, incluindo cidadãos portugueses.
Fonte europeia disse à agência Lusa, na quarta-feira, que 17 cidadãos portugueses que estão na China - quase todos em Wuhan, na província de Hubei -, já pediram para deixar o país.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou uma emergência de saúde a nível global face à epidemia de coronavírus. O diretor-geral da OMS considera que a prioridade, agora, é "apoiar países com Serviços Nacionais de Saúde mais frágeis, acelerar produção de vacinas e combater desinformação”.
Até esta quinta-feira, a OMS registou 98 casos de coronavírus em 18 países fora da China, incluindo oito situações de transmissão ente humanos em quatro países: Alemanha, Japão, Vietname e Estados Unidos. "Até agora, não há casos mortais fora da China", afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus.
O último balanço feito pelas autoridades chinesas revela que o surto já provocou a morte de 213 pessoas e que o número de casos de coronavírus confirmados ascende agora a 9.692.