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A dívida pública de Portugal vai disparar com a actual crise para um novo máximo de 135% do PIB, acima do registado na anterior recessão, indicam as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) conhecidas esta quarta-feira.
Esta percentagem é o resultado do efeito conjugado da queda do PIB, em 8%, com a subida do défice para 7,1%, este ano.
O Fiscal Monitor, o relatório do FMI agora divulgado, coordenado por Vítor Gaspar, o ex-ministro das Finanças português, revela ainda que as necessidades de financiamento das economias desenvolvidas vão disparar.
Portugal está entre os países que mais dinheiro precisam, 18,6% do PIB, segundo este trabalho. A lista é liderada pelo Japão e Estados Unidos.
De acordo com estas previsões, a dívida pública do Estado português deverá aumentar 17,4 pontos percentuais, de 117,6% para 135% do PIB, ainda este ano. Este cenário afasta ou, pelo menos, dificulta seriamente a meta do governo, que pretende reduzir a dívida para 100% até ao final da legislatura.
Mário Centeno conseguiu cortar a dívida até 117,6% do PIB, no ano passado. O último máximo registado na dívida pública é de 2014, altura em que chegou a 132,9% do PIB.
Para 2021 o FMI aponta para uma recuperação, com o PIB a subir 5%, o défice deverá descer para 1,9% e a dívida pública cair 6,5 pontos percentuais, para 128,5%.