A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) lançou esta sexta-feira um aviso à população a alertar para o agravamento das condições meteorológicas nas próximas 48 horas.
De acordo com a informação disponibilizada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), prevê-se para os próximos dias um agravamento que se vai materializar em chuva persistente, vento e agitação marítima.
O Norte e o centro deverão ser as regiões mais afetadas, com períodos de chuva por vezes forte, sobretudo no Minho e Douro litoral, “entre o final da tarde do dia 24 de dezembro e o final da tarde do dia 25 de dezembro”.
Se as previsões se confirmarem, a chuva chegará à região Centro durante o meio da manhã e a tarde do dia 25 de dezembro.
O vento, do quadrante sul, será mais intenso a partir da tarde do dia 24 de dezembro no litoral Oeste e nas terras altas da região Sul, podendo atingir “rajadas da ordem dos 80 Km/h nas terras altas do Norte e Centro”.
A Proteção Civil pede ainda atenção à agitação marítima, “com ondulação de sudoeste até quatro metros na costa ocidental a norte do Cabo Mondego”, entre a meia-noite e as seis da madrugada do dia de Natal.
Atenção às variações nas bacias hidrográficas
Há também um alerta da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), para a ocorrência de variações significativas nalgumas bacias que podem afetar zonas historicamente mais vulneráveis.
É o caso da Bacia do Lima, com aumento significativo das afluências com impacto no próximo domingo em especial em Arcos de Valdevez, Ponte da Barca e Ponte de Lima, e na Bacia do Cávado com possibilidade de descargas das barragens de Caniçada e Salamonde, com impacto também no dia 25.
Já na Bacia do Tejo, as afluências de Espanha vão manter-se elevadas, bem como as afluências às barragens da sub-bacia do Sorraia.
Face a este cenário, são esperados, entre outros efeitos, inundações em zonas urbanas, cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras, possibilidade de deslizamentos e derrocadas motivados pela infiltração da água e piso rodoviário escorregadio, assim como a formação de lençóis de água.
Para garantir a segurança de todos, a ANEPC lembra alguns conselhos a ter em conta:
- garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais
- não se expor às zonas afetadas pelas cheias
- ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte
- ter especial cuidado na circulação junto a zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis
- nas estradas é necessário adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias