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O coordenador da "task force" diz que, nesta altura, ainda não há evidência científica sobre a necessidade de uma terceira dose da vacina contra a Covid-19.
“Não há evidência científica neste momento para dizer que a terceira dose é necessária e, enquanto não houver evidência científica, não devemos começar a criar uma imagem que vem ai qualquer coisa e temos já de ir para uma terceira dose. Temos de esperar pela evidência científica”, disse o vice-almirante Gouveia e Melo, esta sexta-feira de manhã, em declarações aos jornalistas durante uma visita ao centro de vacinação de Évora.
A decisão de administrar uma terceira dose ganha forma em vários países, como por exemplo na Alemanha, França e Israel.
Quanto à hipótese de se realizarem testes à imunidade nos lares, o responsável, recorrendo ao que disse ter ouvido “dos técnicos de saúde”, considerou que a medida “pode não ser suficiente” para dar uma ideia da situação. “A medida de anticorpos pode não ser suficiente para nós percebermos se estamos ou não protegidos contra o vírus, porque nas Células T há memória do vírus e as Células T em presença do vírus criam anticorpos”, disse.
Nesse sentido, realçou Gouveia e Melo, se forem medidos os anticorpos a uma pessoa que “não teve contacto com o vírus recentemente”, esta “pode ter os anticorpos a zero, mas isso “não significa que não tenha defesa para o vírus”.
O coordenador referiu-se a estudos sobre as Células T que “indicam, exatamente, o contrário”, nomeadamente que a imunidade fica adquirida por um longo período, se não para a vida toda. “Portanto, temos de esperar para que esses estudos se desenvolvam”, acrescentou.
Durante esta visita ao centro de vacinação, o responsável pela operacionalização do plano de vacinação voltou a apelar aos jovens de 16 e 17 anos para que agendem a sua vacina.
Até ao fim desta sexta-feira o autoagendamento decorre em exclusivo para esta faixa etária, sendo que vacinação terá lugar no fim de semana de 14 e 15 de agosto. Quem não se inscrever por estar fora da sua área de residência, a "task force" revela que na segunda quinzena de agosto o regime de Casa Aberta estará disponível também para os de 16 e 17 anos.
Numa altura em que surgem indicações de novos surtos em lares, o presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) defende a realização de teste de imunidade “em larga escala” e uma eventual terceira dose da vacina.
Até agora, Portugal administrou mais de 12 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 e espera receber ainda este mês 1,2 milhões de doses adicionais que se juntam a 1,6 milhões de doses contratualizadas a fornecedores.
Desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.422 pessoas e foram registados 979.987 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.