Covid-19. Manifestantes anti-confinamento vão responder criminalmente
23-03-2021 - 19:19
 • Renascença

Protesto juntou cerca de 3.000 pessoas em Lisboa. PSP "está a elaborar um processo crime" contra os promotores "por não criarem condições de segurança” sanitária. Movimento já desmentiu que um organizador esteja infetado com Covid-19 e Juristas pela Verdade prometem reagir com queixa-crime.

A PSP vai acionar um processo contra os responsáveis pela manifestação anticonfinamento que juntou cerca de 3.000 pessoas no passado sábado em Lisboa.

A notícia foi avançada esta terça-feira pelo "Expresso".

Segundo o jornal, está a ser preparada uma participação contra os organizadores da iniciativa, com base na suspeita da prática de crimes como atentado à saúde pública e instigação à violação das normas sanitárias.

Os cerca de 3.000 contestatários da estratégia seguida pelo Governo no combate à pandemia desceram a Avenida da Liberdade, muitos deles sem máscara e, em vários momentos, sem cumprirem o distanciamento social.

Fonte policial citada pelo "Expresso" indica que "a PSP está a elaborar um processo crime" contra "os promotores " da manifestação "por não criarem condições de segurança e distanciamento físico" e por "instigação à violação das normas sanitárias e atentado à saúde pública".

O próximo passo está nas mãos do Ministério Público, que vai decidir se avança ou não com os processos crime contra os organizadores da manifestação.

Organização desmente infeção

Numa publicação no Facebook, o grupo “Manifestações.pt” desmente que um organizador da Manifestação pela Liberdade, que decorreu no dia 20, em Lisboa, esteja infetado com Covid-19.

A notícia da infeção foi avançada pela TomarTV na segunda-feira, dia 22. No desmentido, o grupo “Manifestações.pt” junta uma reação do movimento Juristas pela Verdade, segundo o qual “a notícia veiculada pela ‘Tomar TV’ é susceptível de consubstanciar crime de difamação”, uma vez que “havia ninguém entre os organizadores que tivesse testado positivo”.

“Ainda esta semana será apresentada queixa-crime em conformidade”, avança.



[Notícia atualizada dia 25, com desmentido da organização da manifestação]