Um nó complementar nos acessos ao novo aeroporto do Montijo e mais uma faixa na Ponte Vasco da Gama são algumas das medidas que o Governo pretende implementar. As novidades foram avançadas pelo ministro do Planeamento e Infraestruturas, o qual garante que o país não pode ficar mais tempo à espera e que as obras vão avançar em 2020.
“Acrescenta-se mais uma faixa dedicada a transporte público e a transporte de alta capacidade” na Ponte Vasco da Gama, revelou à Renascença Pedro Marques. Também está prevista uma solução de transporte público pesado “através do transporte fluvial com ligações a partir do cais do Seixalinho com ligação a Lisboa”.
Nesta entrevista, o ministro volta a garantir o respeito pelos estudos de impacto ambiental, tanto na expansão da Portela como da nova estrutura no Montijo.
“Todas a regras legais sobre matérias ambientais e de segurança serão cumpridas”, garante o governante, acrescentando que “todas as medidas mitigadoras definidas nesses estudos ambientais serão integralmente cumpridas” para que este tipo de infraestruturas tenham um menor impacto na vidas das pessoas e no ecossistema.
O ministro diz que estão a aguardar “com tranquilidade pelos estudos de impacto ambiental”, mas recorda que o “país anda nisto há 50 anos”, sendo que em 1979 foi constituído o gabinete para o novo aeroporto de Lisboa.
Reconhece ainda que não estão a estudar
alternativas e fala em consenso político “O Governo tomou uma decisão
acompanhando uma decisão do Governo anterior. O país não pode andar com avanços
e recuos.”
Novas ligações
No caso do aeroporto complementar do Montijo, cita estudos internacionais os quais indicam que esta infraestrutura pode criar mais de 10 mil postos de trabalho na Península de Setúbal.
Também está prevista uma solução de transporte público pesado “através do transporte fluvial com ligações a partir do cais do Seixalinho com ligação a Lisboa”.
O Governo quer que esses benefícios económicos sejam para toda a região e para isso pretendem desenvolver ligações ao Barreiro e ao Seixal, “para que as antigas zonas da Quimigal e da Siderurgia Nacional possam ser grande parte da cidade aeroportuária deste novo aeroporto complementar”.
Expansão em Lisboa
É assinado, nesta terça-feira à tarde, o acordo sobre o financiamento da expansão aeroportuária da zona de Lisboa. Numa primeira fase, a ANA-Aeroportos compromete-se a investir mais de mil e 300 milhões de euros e a maior fatia vai para o aeroporto da capital.
No total, a ANA prepara-se para gastar mais de mil e 700 milhões ao longo do período que dura a concessão, ou seja, até 2062.
Pedro Marques diz que a prioridade é aumentar a capacidade do aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, para onde estão previstas obras de expansão a começar ainda este ano.
“É esta urgência. É a necessidade do país de que haja capacidade de crescimento do transporte de passageiros e crescimento do turismo que faz com que avancemos já”, justifica.