Os autarcas da Área Metropolitana do Porto vão reunir-se ainda esta semana para adoptar uma posição conjunta sobre a decisão do Governo de privatizar por ajuste directo o Metro do Porto e a STCP.
Hermínio Loureiro, presidente do Conselho Metropolitano do Porto e da Câmara de Oliveira de Azeméis, teme que a pressa não seja boa conselheira.
“Manifesto a minha preocupação em relação a esta situação. Nem sempre a pressa é boa conselheira. Este é um processo que teve uma primeira fase que não correu bem e eu espero que se tenha aprendido com os erros”, afirma o autarca social-democrata, em declarações à Renascença.
Os municípios do Porto não foram ouvidos nesta decisão do Governo. Hermínio Loureiro considera que “a falta de diálogo é preocupante”.
Já o Movimento Utentes Serviços Públicos (MUSP) exige a "suspensão imediata" de todo o processo de subconcessão da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) e Metro do Porto através de ajuste direito.
A decisão sobre o futuro da empresa deve ser deixada para o Governo que sair das eleições legislativas de 4 de Outubro, apela o MUSP, em comunicado.
O Ministério da Economia confirmou esta terça-feira que a concessão da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) e da Metro do Porto vai ser atribuída por ajuste directo. A decisão é justificada “pelo interesse público”.