Desde o início da pandemia a Segurança Social já pagou mais de cinco mil milhões de euros em apoios (5.002 milhões), incluindo isenções contributivas. Em resposta ao pedido da Renascença, o gabinete da Ministra do Trabalho e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, respondeu que foram abrangidas 3.264 milhões de pessoas. Ou seja, um em cada três portugueses. Os apoios chegaram também a 177 mil empresas.
Só as baixas por covid e os isolamentos profiláticos do próprio trabalhador ou para assistência a filhos e netos já custaram à Segurança Social 445 milhões de euros desde o início da pandemia. A maior fatia, de 212 milhões de euros, foi para o subsídio de isolamento profilático que abrangeu – desde março de 2020 – quase 740 mil trabalhadores.
A segunda maior “fatia” corresponde ao pagamento de subsídio de doença por COVID. Desde maio de 2020 são já mais de 654 mil, no valor de 180 milhões de euros.
A Segurança Social pagou também 53 milhões de euros relativos a quase 223 mil subsídios de isolamento profilático por assistência a filhos ou netos.
Janeiro bate todos os recordes
O primeiro mês de 2022 está a ser marcado por um número crescente de casos COVID. E consequentemente, o número de baixas e de isolamento profilático também se multiplicam.
De dezembro de 2021 para janeiro (e neste caso, os dados da Segurança Social são apenas até dia 24) o número de subsídios por isolamento profilático aumentou mais de onze vezes, de menos de 15 mil para de 169.100. O montante pago em subsídios subiu de 4 milhões em dezembro para 37,4 milhões, este mês.
Quanto aos subsídios de doença por covid nos mesmos dois meses, o aumento foi superior a oito vezes. Às 23.200 baixas de dezembro corresponderam 6,7 milhões de euros, mas em pouco mais de três semanas de janeiro, a Segurança Social já pagou 44,3 milhões de euros.
Finalmente, o número de trabalhadores em isolamento profilático por assistência a filhos e netos também aumentou consideravelmente (de 18.700 em dezembro para 33 mil em janeiro). O montante total da prestação quase duplicou, de 4 para 7,8 milhões de euros.