O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, garante que vai ter uma boa relação com o Presidente da República e diz que é preciso separar a opinião de militantes da posição institucional da liderança do partido.
Em declarações aos jornalistas no final de uma audiência com Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, Pedro Nuno Santos diz que as críticas ao Presidente no recente congresso do PS são uma manifestação de liberdade.
“Num congresso, como imaginam, os delegados e quem participa no congresso, deve falar com toda a liberdade e fê-lo com total liberdade, manifestando aquela que é a opinião individual de quem falou. Isso deve ser respeitado. É assim que funciona um partido aberto e democrático como o PS”, salientou o líder socialista.
Pedro Nuno Santos ressalvou que “isso não quer dizer que o secretário-geral do PS ou a liderança socialista tenha o mesmo posicionamento sobre a relação com o senhor Presidente da República ou a mesma opinião daquilo que foi a atuação do senhor Presidente da República”.
“Temos que separar aquilo que é a opinião de militantes socialistas da posição institucional do PS”, reforçou o líder do Partido Socialista.
O 24.º Congresso do PS, do passado fim de semana, ficou marcado por críticas de congressistas, como Eurico Brilhante Dias, ao Presidente da República sobre a forma como geriu a crise política.
Nesta reunião com o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, que durou cerca de uma hora e vinte minutos, estiveram também o presidente do PS, Carlos César, João Torres, diretor de campanha do PS, e Alexandra Leitão, coordenadora do programa eleitoral dos socialistas às legislativas antecipadas de 10 de março.
Segundo Pedro Nuno Santos, esta audiência serviu para apresentar cumprimentos, na sequência do Congresso realizado entre sexta-feira e domingo, e "reafirmar a vontade do PS e da atual liderança do PS em promover uma boa relação institucional, uma muito boa relação com o Presidente da República, com a Presidência da República".