O segundo maior hospital da Faixa de Gaza está “completamente fora de serviço” e com cerca de duas centenas de pacientes e quatro equipas médicas presas no seu interior.
O alerta foi deixado pelo porta-voz do Ministério da Saúde da região, Ashraf al-Qidra. “Recém-nascidos estão em risco de morrer nas próximas horas”, adiantou, referindo que as forças israelitas tornaram o hospital numa “base militar” e detiveram um “grande número” de profissionais de saúde após uma operação na quinta-feira que fez um morto e seis feridos.
Na altura, ao "The Guardian", um porta-voz das forças de Israel garantiu ter "informação credível" de que o hospital em Nasser foi usado para esconder reféns.
Também o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, indicou que não foi permitido à equipa das Nações Unidas entrar no hospital para perceber em que condições se encontravam os pacientes e quais as suas necessidades médicas.
"Estão cerca de 200 pacientes no hospital. Pelo menos 20 precisam de ser transferidos para outros hospitais para receber cuidados médicos. É o direito de cada cidadão. O custo de adiamentos vai ser pago com as vidas dos pacientes. O acesso aos pacientes e ao hospital deve ser facilitado", escreveu na rede social X (antigo Twitter).
“O complexo médico de Nasser é a coluna vertebral do sistema de saúde no sul da Faixa de Gaza. O fim de funções é uma sentença de morte para centenas de milhares de palestinianos em Khan Younis e Rafah”, referiu o porta-voz palestiniano em entrevista à Reuters, que refere que encontram-se no interior do hospital apenas quatro equipas médicas.