O bispo português D. Carlos Azevedo lamenta que a “comunidade europeia tenha aumentado o armamento para responder” ao conflito na Ucrânia.
Em declarações à Renascença, o delegado, no Vaticano, do Conselho Pontifício para a Cultura, insiste na necessidade de se continuar a apostar nas vias do diálogo.
“Há que continuar, porque nós acreditamos na força da oração e da diplomacia como caminho para a paz, e não da guerra contra a guerra”, refere.
“Lamentamos que a comunidade europeia tenha aumentado o armamento para responder, porque não é assim que se responde”, sublinha.
À margem da apresentação de um livro da sua autoria, com a obra completa da escultora Irene Vilar, D. Carlos Azevedo afirmou ainda que se “responde a estes problemas enfrentando as questões que existem”, e adiantou que “é preciso que a humanidade possa enfrentar os problemas através do diálogo, sendo capaz de se sentar".
O delegado do Conselho Pontifício para a Cultura afirma que "o Papa só vai (a Kiev), se isso for útil para o bem da paz", sublinhando que "os gestos têm que ser medidos na sua eficácia".
“Eu vejo que neste momento e dada a situação, o Papa só vai se isso for favorável à paz, pois se entender que isso vai causar mais incomodo às pessoas, não vai só porque era bonito que fosse”, acrescenta.
D. Carlos Azevedo refere que “as insistências que tem havido estão a ser equacionadas” e recorda que “o Papa já disse que estava disposto a ir a Kiev, se isso for útil para o bem da paz”, mas reforça que é preciso “ponderar e os gestos têm que ser medidos na sua eficácia, até porque pode ser contraproducente, tendo em mente a outra parte".