O presidente do PSD disse este sábado, num encontro com jovens, que não quer que eles emigrem "nem hoje nem amanhã", afirmando que "não há nenhuma grande transformação" que não seja impulsionada por esta faixa etária.
No Mercado Municipal de Famalicão, no distrito de Braga, os quatro oradores -- os lideres do PSD e do CDS-PP e os presidentes da JSD e da JP -- falaram em cima de um palanque, com microfone de lapela, com as cadeiras dos jovens (e muitos menos jovens) dispostas em círculo.
Montenegro aproveitou o encontro para agradecer a mobilização de hoje na campanha da AD, que começou com uma visita ao mercado municipal de Amarante e continuou com comícios na Trofa e em Braga.
"Objetivamente, o povo está a sair à rua para dar confiança à AD", disse o líder do PSD.
Para Montenegro, a presença de muitos jovens nesta campanha "é a primeira garantia" que não só a AD vai vencer, como vai "transformar a vida do país".
"Eu quero-vos cá, nós precisamos de vocês cá, vocês são imprescindíveis para termos uma sociedade justa, uma sociedade produtiva, competitiva, que crie riqueza", afirmou.
Montenegro passou em revista as medidas do programa da AD dirigidas especificamente aos jovens, como uma taxa máxima de IRS de 15% até aos 35 anos, isenções fiscais na compra da primeira casa ou a promessa de ensino universal e gratuito dos zero aos seis anos.
"É um estímulo para que fiquem cá, eu não quero que vocês emigrem nem hoje nem amanhã", apelou.
Montenegro disse não ter "nem vontade nem grande interesse em falar do que os outros fazem na campanha": "A mim o que me interessa é ter os votos não por aquilo que os outros não fizeram, mas por aquilo que nós vamos fazer", assegurou.
Antes, Nuno Melo, que joga em casa na "terra da sua criação e dos seus afetos", apelou aos jovens "que não se resignem e lutem" e avisou-os para os perigos de votarem nos extremos, à esquerda ou à direita.
"Eu não gostava nada de ver em algum dia da minha vida Mariana Mortágua como ministra das Finanças porque, vos garanto, no dia seguinte o vosso futuro seria muito pior", disse.
Sem dizer o nome do Chega, o líder democrata-cristão acusou o partido de André Ventura de ter propostas "mais próximas do programa do BE e do PS do que da AD", juntando-lhe "uma certa deriva alucinada de quem dá tudo a todos".
Também o líder da JSD, Alexandre Poço, apelou ao que disse ser, não o voto útil, mas "o voto inteligente" dos jovens indecisos, até para os que preferem as ideias da IL.
"Só há uma possibilidade de algumas dessas boas ideias da IL verem a luz do dia, que é com a AD", afirmou.
Já o líder da JP, Francisco Camacho, usou uma metáfora futebolística para apelar à vitória da coligação PSD/CDS-PP/PPM nas legislativas antecipadas do próximo dia 10 de março.
"Nós precisamos de um médio ala como o dr. Nuno Melo que finta as esquerdas e os seus obstáculos e que assiste o grande ponta de lança da nação, Luís Montenegro, para fazer golo", afirmou.
Os líderes do PSD e do CDS-PP, Luís Montenegro e Nuno Melo, chegaram a Famalicão no autocarro das "jotas" dos dois partidos, vindos diretamente de um comício da AD em Braga.
No autocarro, Montenegro conversou e cantou com jovens das duas estruturas partidárias e até os convidou para um almoço em São Bento.
No Mercado Municipal de Famalicão, no distrito de Braga, as pessoas presentes aguardavam ao som de música popular portuguesa e brasileira.
À saída, já dentro do carro, Luís Montenegro esteve algum tempo à conversa com um grupo de cinco professores da região Norte, que lhe entregaram um manifesto de âmbito nacional com reivindicações.
Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar em 10 de março para eleger 230 deputados à Assembleia da República. .
A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.