O primeiro-ministro, António Costa, garantiu que o discurso desta segunda-feira, de Marcelo Rebelo de Sousa, em que apelou a um reforço da Defesa, foi feito "em total sintonia com o Governo".
"O discurso do Presidente da República foi muito importante, sobre um tema central da nossa identidade", avaliou, ouvido pelos jornalistas.
António Costa assinalou que as Forças Armadas são um "elemento estruturante da nossa Nação" e que é importante "fortalecer as Forças Armadas nas suas várias missões".
"Nós temos uma programação que está prevista na lei de programação militar e um compromisso de incremento da despesa com a NATO. Temos um calendário para investimento em defesa nos próximos anos", garantiu.
"Temos um calendário internacionalmente acordado de investimento na Defesa, ao longo dos próximos anos. Temo duas metas, em função da capacidade de mobilizar os fundos europeus. O investimento em Defesa tem sempre procurado fazer três em um - aumentar as capacidades das forças armadas, mobilizar o nosso sistema cientifico e tecnológico e mobilizar todo o nosso tecido industrial", detalhou.
António Costa foi, ainda, questionado sobre o investimento na Defesa, no contexto da guerra na Ucrânia e o líder do Executivo apontou que "para situações excecionais são necessárias medidas excecionais".
"Nós integramos a força de reação rápida da NATO e temos em estado de prontidão as forças armadas acordadas com a NATO", indicou.
Não obstante, o primeiro-ministro apontou que "as respostas de emergência não devem arriscar os objetivos estratégicos" e que isso revela a importância de "construir uma situação orçamental que nos permite responder quando é necessário".
António Costa destacou ainda o discurso de Augusto Santos Silva, esta segunda-feira, na Assembleia da República, em que falou da emigração.
"São quase cinco milhões portugueses fora do território nacional. É uma grande comunidade que afirma e projeta o nosso país", disse Costa.