O PSD e o CDS querem ouvir "com urgência" António Paixão, o comandante operacional nacional que se demitiu da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), para conhecerem os motivos do pedido de exoneração do cargo, que foi anunciado esta segunda-feira.
Os dois partidos querem também obter informações de António Paixão sobre o planeamento e execução do dispositivo de combate a incêndios florestais para 2018.
O coronel José Manuel Duarte da Costa foi designado esta segunda-feira pelo secretário de Estado da Proteção Civil para exercer as funções de comandante operacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), substituindo no cargo o coronel António Paixão.
A substituição não convence também o presidente da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais, que não acredita que tenham sido razões pessoais a motivar a demissão de António Paixão. Fernando Curto diz preferir acreditar em razões "técnico-operacionais e estratégicas", porque a nova temporada de incêndios está, no seu entender, "a ser preparada de forma desajustada".
Segundo um comunicado do Ministério da Administração Interna, o coronel António Francisco Carvalho da Paixão "pediu a exoneração do cargo por motivos pessoais".
"O secretário de estado da Proteção Civil, José Artur Neves, designou o Coronel Tirocinado José Manuel Duarte da Costa para exercer as funções de Comandante Operacional Nacional do Comando Nacional de Operações de Socorro da Autoridade Nacional de Proteção Civil, sob proposta do presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil, Tenente-General Carlos Mourato Nunes", refere o documento.