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A Faurecia, maior fornecedor de componentes automóvel da Autoeuropa, vai dispensar cerca de 100 trabalhadores, todos temporários, com contrato precário.
A informação foi avançada na terça-feira pela administração à Comissão de Trabalhadores (CT) e fundamentada na redução drástica dos volumes de produção.
A Faurecia retomou a atividade na terça-feira, tal como a Autoeurpa, mas apenas com um terço dos trabalhadores. Os restantes estão em casa, usando os “down-days” ou ao abrigo do “lay-off” simplificado, com redução de um terço nos rendimentos.
Mas a incerteza é grande também para os contratados a termo e até efetivos. Ainda há pouco mais de um mês a administração tinha garantido que manter todos os 520 postos de trabalho.
Esta fábrica não depende exclusivamente da marca alemã. Mas a outra grande cliente, que garante quase 50% da produção, a Jaguar Land Rover, de Inglaterra, também só regressa ao trabalho a 24 de maio, de forma progressiva.
Em comunicado, a Comissão de Trabalhadores manifesta-se muito preocupada com estes despedimentos, a que já se juntam mais outros nas mesmas condições noutras empresas do parque industrial da Autoeuropa, em Palmela, e que já rondam o milhar.
A CT alerta para o impacto que a Covid-19 continuará a ter na indústria automóvel e na destruição dos seus postos de trabalho, já que “comprar um automóvel não será um bem essencial para os que perderam os seus rendimentos e postos de trabalho”.