A investigação aos negócios de lítio decorre e, até ao momento, não tem arguidos, refere a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Em resposta a questões colocadas pela Renascença, a PGR responde que “como é do domínio público, corre termos no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) um inquérito em que se investiga matéria relacionada com os chamados negócios do lítio e do hidrogénio verde”.
“Esta investigação prossegue, sujeita a segredo de justiça. Não tem arguidos constituídos, conclui o Ministério Público, na nota enviada à Renascença.
O esclarecimento da PGR acontece depois de o líder do Chega, André Ventura, declarar que a nomeação de João Galamba para ministro das Infraestruturas é um "ataque ao Estado de Direito e aos portugueses".
"A nomeação de João Galamba é uma afronta ao país e à justiça", sustentou o líder do Chega, lembrando ainda que foi o antigo deputado socialista "quem avisou José Sócrates da Operação Marquês".
Ventura disse saber da existência de uma "investigação de uso de dinheiros públicos que envolvem João Galamba", considerando que o Presidente da República deveria ter colocado esta questão ao primeiro-ministro antes de aceitar a nomeação.
"O Presidente da República colocou essas questões? Deveria ter colocado", disse o dirigente do Chega, alegando que "nomear um ministro visado pela Justiça parece ser uma afronta ao Estado de Direito e uma afronta aos portugueses".
Para o presidente do Chega, Marcelo Rebelo de Sousa "não o deveria ter feito", porque "os casos" que envolvem João Galamba "vão fragilizar a sua autoridade política no Governo".
O primeiro-ministro escolheu os secretários de Estado João Galamba e Marina Gonçalves para as funções de ministro das Infraestruturas e de ministra da Habitação, respetivamente.
Com esta opção, aceite pelo Presidente da República, António Costa separa as pastas das Infraestruturas e da Habitação, áreas que até agora foram acumuladas pelo ministro cessante Pedro Nuno Santos.