O porta-voz do ministério egípcio da Aviação Civil diz que não há provas concretas de que o aparelho russo que se despenhou na Península do Sinai, se tenha partido no ar.
A hipótese de o aparelho se ter partido antes de embater no solo foi avançada por um perito russo. O dado é importante uma vez que dá credibilidade à tese de um atentado, embora só por si não seja conclusivo, uma vez que tal poderia ser explicado ainda por uma falha estrutural.
Em declarações à imprensa, esta terça-feira, Mohamed Rahmi disse que não existem ainda provas que apontem para esse cenário mas disse também que não foi registada qualquer comunicação de emergência entre o piloto e as torres de controlo locais, o que por sua vez indica que o acidente foi repentino, não tendo dado oportunidade à tripulação para reagir.
A equipa de investigadores, composta por egípcios, russos, representantes da Airbus e especialistas da Irlanda, onde o avião estava registado, voltaram a visitar o local do desastre. Concluída a análise dos destroços, irão começar a analisar o conteúdo das caixas negras, que se encontram em bom estado e por isso deverão fornecer importantes pistas sobre o que aconteceu, disse o ministro.
A queda do avião russo da Metrojet, que levava 224 pessoas a bordo, foi reivindicada por um grupo terrorista ligado ao Estado Islâmico, que opera na Península do Sinai, mas os especialistas duvidam que os jihadistas tenham acesso a mísseis com capacidade para atingir a altura e a velocidade a que o avião viajava. Outra possibilidade é um atentado a bordo, mas também não é claro como é que teriam conseguido ultrapassar as medidas de segurança do aeroporto para o conseguir.
As autoridades russas e egípcias continuam a acreditar mais na hipótese de uma falha técnica.