A Ordem dos Nutricionistas defende uma estratégia de alimentação nacional para as escolas em tempo de pandemia. O documento com o conjunto de normas para alimentação escolar é apresentado nesta segunda-feira ao Governo.
Entre as medidas previstas está o alargamento do período de almoço, a eliminação de jarros de água nas cantinas e a distribuição de talhares e guardanapos em saquetas individuais.
“É preciso ter regras para a oferta alimentar. Por exemplo, sempre advogámos a presença de jarros de água nas mesas das cantinas. Neste momento, isto, que era uma boa prática, tem riscos e, portanto, a água tem de ser dada às crianças de outra forma”, afirma Alexandra Bento à Renascença.
Na sua opinião, existem “particularidades que não são de somenos” importância e que “têm de estar perfeitamente definidas”.
“Não podemos deixar isto à discricionariedade da escola e a escola, na altura, andar a correr atrás do prejuízo”, defende.
Nestas declarações à Renascença, a bastonária lembra ainda a importância do reforço do número de profissionais pelo Ministério da Educação.
“O que está previsto no Orçamento do Estado para este ano é a contratação de 15 nutricionistas. Claro que estes 15 nutricionistas ainda ficam muito aquém do que era desejável. O que se deseja é que estabeleçam as respetivas normas, regras, e depois auxiliem na supervisão do cumprimento das normas e regras que são criadas”, afirma.
“Devo dizer que, no momento, o Ministério da Educação tem somente dois nutricionistas. Portanto, serão 15 para somar aos dois que o Ministério da Educação tem. A Ordem dos Nutricionistas considera que é um número ainda manifestamente reduzido, mas é um caminho”, conclui.
O ano letivo começa entre 14 e 17 de setembro.