A Escola Técnica dos Salesianos em Díli (Timor-Leste) está a acolher e apoiar 586 famílias, num total 3356 pessoas, que saíram das suas casas por causa das cheias deste domingo, no país lusófono.
Adriano de Jesus, que coordena o centro Dom Bosco que está a acolher deslocados na capital timorense, explicou À Agência ECCLESIA que estas pessoas “dormem no chão” e os alimentos têm sido doados por antigos alunos salesianos, por famílias e empresas.
Segundo o responsável, a solidariedade chega também dos professores portugueses, dos supermercados, do governo, de organizações internacionais não-governamentais, entre outros, como um grupo chinês e a título individual.
Os últimos dados do Governo timorense dão conta de 34 mortos; várias pessoas continuam desaparecidas desde as cheias que provocaram milhares de deslocados no país lusófono, com habitações destruídas e danos em pontes, escolas, estradas e edifícios públicos.
“As pessoas precisam de material para reconstruir suas casas”, destaca Adriano de Jesus.
O responsável acrescenta que as maiores necessidades são os alimentos e também “equipamentos para as casas”, para permitir o regresso às habitações.
Os desalojados que estão na Escola Técnica dos Salesianos já receberam a visita do arcebispo de Díli, D. Virgílio do Carmo da Silva, de Xanana Gusmão, antigo presidente timorense, e de deputados que foram antigos alunos.
“Todos os líderes, tanto do governo quanto da Igreja, devem mostrar a sua solidariedade ao povo e incentivar a aceitar a realidade, dando o melhor de si para ajudar as vítimas pelas suas perdas”, desenvolveu Adriano de Jesus.
O diretor da Escola Técnica refere ainda que as cheias não afetaram o funcionamento da instituição, dado que os Salesianos já tinham fechado a instituição, por causa do coronavírus.