A Suécia, que detém a presidência rotativa da União Europeia (UE), disse, esta quinta-feira, que está disposta a incluir o grupo paramilitar russo Wagner, acusado de crimes de guerra na Ucrânia e em África, na lista de organizações terroristas.
"A Suécia está pronta para trabalhar para criar um consenso dentro da UE para colocar [o grupo] Wagner na lista de organizações terroristas da UE assim que as condições legais forem atendidas", disse Tobias Billström, ministro sueco dos Negócios Estrangeiros, ao jornal sueco Dagens.Nyheter.
Na terça-feira, a Assembleia Nacional francesa aprovou por unanimidade uma resolução convidando o Governo francês "a mobilizar-se diplomaticamente" para que o grupo mercenário seja registado nesta lista, a fim de sancionar mais efetivamente os membros da Wagner e seus apoiantes, em particular no plano financeiro.
"O grupo Wagner cometeu abusos atrozes, particularmente no Sudão, Mali, Síria e Ucrânia", disse o chefe da diplomacia sueca.
"Para que o grupo esteja sujeito a sanções da UE contra organizações terroristas, uma autoridade judicial ou uma autoridade nacional competente equivalente, como um tribunal ou procurador, deve decidir abrir uma investigação contra o grupo ou acusá-lo de um crime terrorista", esclareceu.
"Cabe ao judiciário tomar tal decisão", disse ainda Billström.
Em março, o Parlamento lituano adotou uma resolução descrevendo o Grupo Wagner como uma "organização terrorista", merecendo agradecimentos de Kiev.
Os ministros dos negócios estrangeiros dos 27 reúnem-se na sexta-feira em Estocolmo.