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A universidade “tem mesmo o poder de transformar vidas” e deve ser “a chave que está no centro da sociedade”, defende Maria Manuel Mota, diretora-executiva do Instituto de Medicina Molecular.
A tese foi defendida pela investigadora na Conferência “O Poder dos Jovens na Mudança Global”, uma iniciativa da Renascença em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Maria Manuel Mota considera que é preciso ousar sonhar grande e obter ferramentas ao longo da vida para concretizar as metas.
"Defendo que além do sonho tenhamos uma sociedade baseada no conhecimento e para isso as instituições que criam o conhecimento devem estar no centro da sociedade. Eu acho que a universidade devia ser a chave que está no centro da sociedade para que ela possa ser uma verdadeira sociedade do conhecimento", refere a diretora-executiva do Instituto de Medicina Molecular.
"Não é elitismo, é uma forma de sermos inclusivos para criar mobilidade social e sustentar a prosperidade económica", defende.
A investigadora diz que "precisamos de sonhar como do pão para a boca, mas depois precisamos de ação" para resolver os pequenos e grandes problemas da humanidade.
Maria Manuel Mota criticam os políticos que não passam das promessas aos atos.
"Vemos que os discursos não se concretizam em ações. Sou cientista há 20 anos, assistimos a uma evolução incrível, mas o discurso continua igual: 'a ciência, saúde, educação é o mais importante', mas nada destas palavras se traduzem em ação", lamenta.
"Trago um ensinamento de casa: o exemplo vem de cima e quando vemos os nossos líderes a agir de forma irresponsável e que não se coaduna com as suas ações, quando o discurso é de uma forma e as ações de outra, temos que ter noção de que eles são o exemplo e isso é grave", atira.
A investigadora deixa uma mensagem forte contra o pessimismo e o cinismo. Defende um virar de página para regresso ao "otimismo realista".
"Vai ser muito difícil concretizarmos os nossos sonhos se vivermos num aquário, numa floresta, numa cidade de pessimistas. É isso que puxa para baixo", afirma Maria Manuel Mota.
[em atualização]