O diretor de campanha da coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança candidata à Câmara de Lisboa, encabeçada por Carlos Moedas, disse que as projeções televisivas divulgadas hoje às 21:00 apontam para "um grande sinal de mudança" manifestado pelos lisboetas.
Essas projeções dão um empate entre o socialista Fernando Medina e o social-democrata Carlos Moedas na corrida à presidência da Câmara de Lisboa nas eleições autárquicas.
"Saíram algumas projeções, mas que não nos surpreendem. Para quem esteve durante estes meses todos na rua, a contactar com as pessoas, de facto isto é a confirmação do que ouvíamos, do que nos diziam. Efetivamente, há aqui um grande sinal de mudança que os portugueses e neste caso os lisboetas manifestaram", afirmou o diretor de campanha da coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança, Ricardo Mexia, numa breve declaração pelas 21:30, na sala de um hptel na zona do Marquês de Pombal, onde dezenas de apoiantes acompanham a noite eleitoral.
Atentos aos noticiários televisivos, os apoiantes gritaram, por várias vezes: "Nós só queremos Moedas presidente", "Novos Tempos" e "Vitória".
"Ao longo do tempo que dizíamos que só esta coligação podia operar essa mudança, fomo-lo dizendo, fomo-lo manifestando e fomos demonstrando que era exatamente assim. É uma coligação de cinco partidos, com muitos independentes também, e que visa de facto mudar Lisboa, mudar para uma Lisboa mais inovadora, mais cosmopolita, ao fim ao cabo uma Lisboa que todos os lisboetas merecem", declarou o diretor de campanha e candidato independente Ricardo Mexia.
Referindo que "este desejo de mudança" está ainda a ser contabilizado nas diversas assembleias de voto, o médico Ricardo Mexia ressalvou: "sabemos que está e vai ser uma noite longa, ainda estamos longe de poder fazer um balanço".
As projeções do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica para a RTP dão 32% a 36% (seis a oito mandatos) para a coligação "Novos Tempos Lisboa" (PSD/CDS-PP/Aliança/MPT/PPM), liderada por Carlos Moedas, à frente do recandidato Fernando Medina, cabeça de lista da coligação "Mais Lisboa" (PS/Livre), que tem entre 31% e 35% dos votos (seis a oito mandatos).
De acordo com as projeções da SIC (MetrisGfK/Instituto de Ciências Sociais/ISCTE), é Fernando Medina que surge à frente dos resultados, ao conseguir entre 31,3% e 36,3% (seis a oito mandatos), um intervalo ao alcance da projeção apontada à candidatura de Carlos Moedas, que tem uma votação esperada entre 30,2% e 35,2% (seis a oito mandatos). .
Já os resultados projetados pela TVI, segundo o estudo da Pitagórica, atribuem entre 32,6% e 38,6% dos votos ao socialista Fernando Medina (sete mandatos), ao passo que Carlos Moedas regista entre 29,3% e 35,3% (seis a sete mandatos). De seguida, João Ferreira alcança entre 6,6% e 12,6% dos votos (dois mandatos), Beatriz Gomes Dias (um mandato) queda-se pelo quarto lugar, com 4,2% a 8,2%, e o Iniciativa Liberal fica com 3,3% a 7,3% (zero a um mandato).
Segundo a projeção à boca das urnas da Intercampus para a CMTV, Fernando Medina ganha em Lisboa com 32% a 36,4% dos votos (seis a oito mandatos), Carlos Moedas obtém 31,2% a 35,6% dos votos (seis a oito mandatos), Beatriz Gomes Dias consegue 5,5% a 8,5% dos votos (zero a dois mandatos) e Bruno Horta Soares, com 2,9 a 5,9% dos votos (zero a um mandato).
Nestas eleições concorreram à presidência da Câmara de Lisboa Fernando Medina (coligação PS/Livre), Carlos Moedas (coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança), Beatriz Gomes Dias (BE), Bruno Horta Soares (IL), João Ferreira (CDU - coligação PCP/PEV), Nuno Graciano (Chega), Manuela Gonzaga (PAN), Tiago Matos Gomes (Volt), João Patrocínio (Ergue-te), Bruno Fialho (PDR), Sofia Afonso Ferreira (Nós, Cidadãos!) e Ossanda Liber (movimento Somos Todos Lisboa).