Pela primeira vez, o Santuário de Fátima associa-se ao II Dia Mundial dos Pobres e convida para este domingo uma instituição diocesana fora da diocese de Leiria-Fátima para peregrinar à Cova da Iria.
A escolha recaiu na Cáritas de Vila Real que vai levar um grupo de 50 utentes.
Esta é “uma forma de nos associarmos à vivência deste dia, é uma forma de nos associarmos ao Santo Padre, mas é também uma forma de darmos visibilidade a esta questão dos pobres”, explica o Reitor do Santuário de Fátima.
Seguindo o exemplo do Santo Padre que vai oferecer um almoço aos pobres depois da Missa, o Santuário vai fazer o mesmo e proporcionar uma refeição aos utentes desta instituição depois da celebração dominical. É o que inclui o programa que começa com “um momento de acolhimento, há a participação na celebração da Missa, há o almoço oferecido pelo Santuário e haverá depois uma visita aos espaços do Santuário, pressupondo que para algumas destas pessoas não é fácil virem visitar o Santuário com a frequência que desejariam. Há também depois o momento conclusivo na Capelinha das Aparições que é o coração do próprio Santuário de Fátima”.
É um dia cheio que começa de manhã e termina à tarde, acompanhado com especial atenção pelo padre Carlos Cabecinhas.
Este projeto prevê que “a partir de agora, em cada ano, convidamos uma instituição de uma diocese diferente para peregrinar ao Santuário e assinalar, assim, o Dia Mundial dos Pobres. Começámos pelo norte do país, por Vila Real, neste caso. Não foi propriamente estabelecido um itinerário de passagem pelas várias dioceses. Mas aquilo que gostaríamos é em cada ano escolher uma instituição de uma diocese diferente”.
Também no Vaticano, o Papa vai comemorar o II Dia Mundial dos Pobres com uma Missa na Basílica de S. Pedro. Segue-se um almoço com mais de três mil pobres, com os quais Francisco vai almoçar.
Na mensagem para esta data, o Santo Padre sublinha “as consequências sociais dramáticas” da pobreza. Lamenta a “aversão aos pobres” que hoje marca vários sectores da sociedade e exorta a um “sério exame de consciência”.
“Lembra ainda que “a resposta de Deus ao pobre é sempre uma intervenção salvadora para cuidar das feridas da alma e do corpo, repor a justiça e ajudar a retomar a vida com dignidade”.
Recorde-se, que este dia foi instituído pelo Papa em 2017, inspirado pelo Ano Santo da Misericórdia.
No calendário, a iniciativa está marcada sempre para o penúltimo domingo do ano litúrgico, isto é o XXXIII Domingo do tempo Comum.