O presidente do PSD e actual primeiro-ministro reafirmou esta quinta-feira, que o Governo vai conseguir alcançar um défice inferior a 3% este ano. A garantia é dada no debate moderado pela Renascença, a TSF e a Antena 1 com o seu adversário socialista, António Costa.
A propósito de uma nova interpretação do tratado europeu sobre as responsabilidades dos Estados-membros com a sua saúde financeira, Pedro Passos Coelho acusa António Costa de ser demagogo e “pouco realista”.
“A Comissão fez uma interpretação do tratado, dizendo que os que têm mais margem orçamental podem ajudar os outros a crescer. Os que têm pouca margem – como Portugal, depois do Governo PS – “têm de se portar muitíssimo bem”. Por exemplo, ter um défice orçamental abaixo de 3%, que é o que o Governo está a tentar fazer este ano e reafirmo aqui que assim será”, afirmou.
Passos Coelho criticou depois as propostas do PS, que não adiam o défice de 3% para depois de 2015, impedindo que Portugal tenha acesso àquela flexibilidade europeia mais cedo.
Sobre a nova interpretação do tratado, o líder do PS faz um resumo mais pequeno. “As reformas devem ser feitas à medida das necessidades de cada país.” Diz Costa que até Berlim “já reconheceu” que tem de ser assim e que “não temos que ter um catálogo comum” de reformas.
Defendeu depois, que Portugal se deve bater por ter uma flexibilidade cada vez maior nesta matéria. “A última vez que tivemos um défice abaixo dos 3% eu estava no Governo”, retorquiu António Costa mais à frente no debate.