Luís Filipe Vieira e os outros detidos no processo 'Cartão Vermelho' acabaram de ser identificados e ouvir a comunicação dos factos esta quinta-feira às 16h07 horas, 50 minutos depois da entrega dos respetivos autos no Tribunal Central de Instrução Criminal.
A pedido do juiz titular do processo, e tendo em vista nomeadamente a garantia de tranquilidade pública, o Conselho Superior de Magistratura esclarece o que se passou a partir das 15h17 horas desta quinta-feira, com a entrega dos autos no TCIC, em Lisboa.
Depois, às 15h35, foi proferido despacho que determinou a passagem a primeiro interrogatório judicial e o início da identificação dos arguidos e comunicação dos factos ocorreu pelas 15h40 horas.
Aos advogados foi disponibilizada uma sala individual para conferência com o seu constituinte e para consultarem os meios de prova, a partir das 15h45 horas, sendo que as identificações e comunicação de factos terminaram às 16h07 horas.
O empresário e presidente do Benfica Luís Filipe Vieira foi um dos quatro detidos na quarta-feira numa investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros, com prejuízos para o Estado e algumas sociedades.
Segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) estão em causa factos suscetíveis de configurar “crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento de capitais”.
Para esta investigação foram cumpridos 44 mandados de busca a sociedades, residências, escritórios de advogados e uma instituição bancária em Lisboa, Torres Vedras e Braga. Um dos locais onde decorreram buscas foi a SAD do Benfica que, em comunicado, adiantou que não foi constituída arguida.
No mesmo processo foram também detidos Tiago Vieira, filho do presidente do Benfica, o agente de futebol Bruno Macedo e o empresário José António dos Santos, conhecido como o 'rei dos frangos'.