No final da audiência geral desta quarta-feira Francisco anunciou a convocação de uma jornada de oração e jejum pela paz.
"Decidi convocar para sexta-feira, 27 de outubro, um dia de jejum, oração e de penitência, para a qual convido a unirem-se na forma como acharem oportuno as irmãs e irmãos das várias confissões cristãs, e também aqueles que pertencem a outras religiões e aqueles que têm no coração a causa da paz no mundo”, anunciou.
"Naquela tarde, às 18h00, na praça de S. Pedro, viveremos em espírito de penitência uma hora de oração para implorar a paz para os nossos dias, para implorar a paz neste mundo”, indicou o Papa, que alertou para a situação em Gaza e lembrou que a guerra apenas aumenta o ódio e multiplica a vingança.
“O meu pensamento vai para a Palestina e Israel”, começou por afirmar, acrescentando que "a situação em Gaza é desesperada”. E pediu para que “seja feito o possível para evitar uma catástrofe humanitária”.
“Inquieta o possível alargamento do conflito quando no mundo já estão abertas tantas frentes bélicas”, prosseguiu, apelando a “que se calem as armas e que se escute o grito de paz dos povos e das crianças”.
Para Francisco “a guerra não resolve nenhum problema, apenas semeia morte e destruição, e aumenta o ódio e multiplica a vingança”. “A guerra elimina o futuro”, acrescentou.
A data para esta jornada de oração e jejum não foi escolhida ao acaso: foi a 27 de outubro de 1986 que o então Papa João Paulo II promoveu o encontro de Assis pela paz, com os líderes de várias outras confissões religiosas.
Em Portugal a Província Portuguesa da Ordem Franciscana - que todos os anos assinala a data - tinha já convocado uma vigília de oração para esse dia. Vai decorrer na igreja do Seminário da Luz, em Lisboa, às 21h30.
[notícia atualizada às 11h30 de 18 de outubro de 2023]