Quase três mil membros do parlamento reelegeram o Presidente chinês em votação unânime, esta sexta-feira, para um terceiro mandato de cinco anos.
Quando o parlamento chinês aprovou uma emenda constitucional que eliminou os limites do mandato presidencial, em 2018 – início do segundo mandato de Xi, o presidente ganhou a oportunidade de ficar no cargo de presidente por tempo indefinido. Na altura, a proposta de alterar a constituição foi recebida com críticas, que comparavam o regime chinês com o da Coreia do Norte.
A eleição presidencial desta sexta-feira, realizada no Grande Salão do Povo, pelo Congresso Nacional do Povo (NPC), tinha Xi Jinping como único candidato.
Ainda antes de conseguir a reeleição para a Presidência, o líder chinês, de 69 anos, já tinha conquistado, em outubro, um prolongamento de cinco anos na chefia do Partido Comunista Chinês (PCC) e da comissão militar, os dois mais importantes cargos no país.
O terceiro mandato como presidente, garantido agora nesta votação, faz de Xi Jinping o mais poderoso líder chinês desde Mao Tsé-Tung, que ficou 27 anos no poder.
Ainda na mesma sessão plenária, foram votados Han Zheng, ex-chefe do partido de Xangai e membro do último Comite Permanente do Politburo, como vice-presidente e Zhao Leji, que é o terceiro oficial do partido, como chefe do Comité Permanente da APN.
Zhao, de 67 anos, foi o responsável pelo órgão de vigilância anticorrupção do partido, a Comissão Central de Inspeção Disciplinar, que levou a cabo a investigação anticorrupção que acabou com a oposição ao líder chinês.
Desde a sua chegada ao poder em 2012, Xi Jinping tem vindo a concentrar em si os poderes máximos do país e tem conseguido afastar todos os adversários.