É conhecida esta quarta-feira a decisão do juiz de instrução do Tribunal de Setúbal, que ditará se o “dux” da Universidade Lusófona, João Gouveia, vai a julgamento no caso em que morreram seis jovens universitários na praia do Meco, a 15 de Dezembro de 2013.
A leitura do despacho instrutório está agendada para as 13h30. Durante o mês de Fevereiro, foram chamadas ao tribunal várias testemunhas e peritos do Instituto de Medicina Legal, do Instituto do Mar e da Atmosfera e até especialistas em afogamento.
Apresentaram-se teorias e considerações sobre o que terá acontecido na praia do Meco e esclareceram-se questões relacionadas com ligações telefónicas, conversas mantidas pelos jovens naquele dia.
Esgrimiram-se argumentos dos dois lados: o da defesa, que representa as vítimas, e da defesa do único sobrevivente, João Gouveia, que prescindiu de prestar declarações em tribunal durante toda a fase de instrução.
A investigação ao caso terminou com um despacho de arquivamento, referindo “a total inexistência de indícios da prática de qualquer crime”. Com esta nova fase processual, os pais das vítimas pretendem que a justiça apure o que se passou, afinal, naquela noite de Dezembro e que o caso vá a julgamento.
Caso o juiz de instrução decida não pronunciar o arguido, o advogado das famílias dos seis jovens já fez saber que o processo vai continuar, deixando em aberto a possibilidade de recorrer ao Tribunal dos Direitos do Homem.