Governo assinala "aproximação" que dá "conforto" ao PS para viabilizar OE
17-10-2024 - 17:07
 • Tomás Anjinho Chagas

António Leitão Amaro reitera confiança na aprovação do Orçamento do Estado e vinca que duodécimos "não é solução". Cinco reuniões com o Chega? Governo só confirma duas e sobre em acordos fala em "ficções descabidas".

O Governo assinala que durante as negociações para o Orçamento do Estado de 2025 fez várias "aproximações" ao PS, e acredita que isso dá "conforto" aos socialistas para viabilizar o documento.

Durante o briefing no final do Conselho de Ministros, o ministro da presidência, António Leitão Amaro, voltou a reiterar a confiança na viabilização do OE e acredita que se o PS se abstiver não é "responsabilizado".

Além disso, o ministro da Presidência vinca que o Governo afasta por completo governar em duodécimos no caso do Orçamento do Estado vir a ser chumbado.

Acordo com o Chega? "Ficções descabidas"

António Leitão Amaro foi ainda questionado sobre a polémica em torno das reuniões e acordos secretos que o Chega alega ter feito com o Governo e desfez a ideia de que houve cinco reuniões.

O ministro confirma apenas duas reuniões entre o Governo e o Chega e assegura que um acordo - como Ventura garante ter existido - se trata de "ficções descabidas".

Militares da GNR promovidos a título póstumo

O ministro anunciou ainda que o Governo decidiu promover postumamente os cinco militares da GNR que morreram depois da queda de um helicóptero no rio Douro, na zona de Lamego. Além de simbólica, esta promoção dará melhores condições na hora de o Estado pagar as compensações aos familiares das vítimas.

O executivo anunciou ainda que Luís Morais Sarmento foi nomeado administrador do Banco de Portugal. O organismo é atualmente liderado por Mário Centeno, antigo ministro das Finanças.

Além disso, o Governo aprovou medidas para "alargar a base de recrutamento" e combater a falta de juízes em Portugal. Até aqui era preciso Mestrado, e passa a ser necessária apenas a licenciatura para ingressar na carreira.

Governo responde a Vítor Bento

O ministro da presidência foi ainda questionado sobre as declarações do presidente da Associação Portuguesa de Bancos, Vítor Bento, que deu uma entrevista à Renascença e ao Jornal Público, onde avisou que só os jovens com bons salários podem ter acesso à garantia pública para comprar casa.
António Leitão Amaro confirma que esta medida não engloba toda a gente: "Beneficia quem consiga ter algum rendimento para comprar casa", assume o ministro, que dá o exemplo de quem pode ficar de fora.
"Os jovens que estão desempregados, ou que começaram a trabalhar e têm salários mais baixos, provavelmente não têm a mesma facilidade que outros jovens que começaram a trabalhar há seis ou sete anos", resume.