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O primeiro-ministro insiste que quando se participa numa negociação tem de haver cedências de ambos os lados, mas que “há um limite”.
António Costa esteve reunido com o homólogo holandês, Mark Rutte, um dos “frugais”, para preparar o Conselho Europeu sobre o plano de recuperação da economia europeia nestes tempos de pandemia.
“Temos de estar disponíveis para ceder em alguma parte, as propostas em cima da mesa têm sido equilibradas mas têm defendido as posições dos quatro frugais [Áustria, Holanda, Dinamarca e Suécia]. Há um limite a partir do qual têm de ser os 23 a dizer não. Para não chegarmos a isso, os quatro frugais têm de fazer um movimento no sentido positivo”, disse Costa.
Em Haia, o primeiro-ministro insistiu que é necessário encontrar “pontos de convergência”. Deixou, no entanto, claro que “não é aceitável, como alguns frugais dizem, que sejam necessárias condicionalidades para apoiar os países como se fosse uma questão de solidariedade. Não é, é de racionalidade”.
“A Holanda deve ser o primeiro ou segundo país que beneficia do mercado interno. Precisa que Itália e Espanha não estejam em recessão” e, por isso, “ou saímos todos ao mesmo tempo do problema, ou ficamos no problema”, defende António Costa.
O chefe de Governo português reafirma que “é urgente que [o plano] seja aprovado”.
O presidente do Conselho Europeu Charles Michel mantém o valor do Fundo de Recuperação proposto pela Comissão, prevendo que dois terços (500 mil milhões de euros) sejam canalizados para os Estados-membros a fundo perdido e o restante (250 mil milhões) na forma de empréstimos. E reduz em 2% o montante global do Quadro Financeiro Plurianual da União Europeia para os próximos sete anos.