Estou no Panamá há três dias. Uma das coisas que mais me tem fascinado é a cultura e o contacto com as pessoas na rua.
No primeiro dia, fomos a Casco Viejo, a zona mais antiga da cidade. Precisávamos de encontrar uma vara para pôr numa bandeira gigante que trouxemos de Portugal - aqui os peregrinos exibem com orgulho as bandeiras dos seus países.
Acabámos por entrar numa loja de ferragens muito humilde - à porta estavam uns senhores mais velhos a conversar. O senhor da loja foi muito disponível, mas não tinha o que queríamos e disse-nos que o seu amigo, o Carlitos, nos ajudaria. E assim foi. Arranjámos uma vara com mais de dois metros que nos acompanhou todo o dia: no metro, nas ruas e em todas as lojas onde entrámos.
À noite, depois da celebração de recepção à imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima, encontrámos o Marco, um taxista panamenho que tinha ficado de nos vender umas camisolas. Tentámos negociar com ele para que nos levasse a casa por um preço razoável. Tínhamos a vara par transportar e uma pessoa a mais, mas não houve problema. ‘No hay problema!’, disse-nos.
Lá fomos todos, com a vara na parte de fora do carro: o Joaquim e o João que estavam junto à janela (um à frente e o outro atrás) iam com o braço de fora da janela para segurá-la. Fartámo-nos de rir. E o Mário, com a sua condução rápida e sem medo, deixou-nos em casa da família de acolhimento.
Esta foi uma de muitas aventuras que já vivi aqui em apenas três dias. É a primeira JMJ em que participo. Têm-me permitido conhecer a diversidade da Igreja. Espero encontrar respostas para a minha vida aqui no Panamá.
Como Papa disse em 2016, na Jornada de Cracóvia : ‘É preciso sair do sofá’, tornar presente o Evangelho e vivê-lo no dia a dia.
Bernardo Lobo Xavier, 19 anos