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“O INEM é obrigado a fazer uma discriminação” entre quem tem sintomas, e escolher quem vai testar para o novo coronavírus. A denúncia foi feita este domingo pelo autarca de Vila Nova de Famalicão, que fala em “escassez de meios”. Em declarações à Renascença, Paulo Cunha lamenta que nem todos os que têm sintomas estejam a ser testados.
No concelho onde surgiu o primeiro caso do país de positivos de Covid-19 num lar de idosos, o autarca reclama um laboratório para poder testar toda a população sénior dos lares. “Nós reivindicamos a criação de condições no concelho a nível da avaliação e rastreio nos nossos lares residenciais para testar” diz o autarca.
Paulo Cunha alerta para o facto de que os profissionais do INEM “já não conseguem avaliar e monitorizar todos os que têm sintomas e entre os que têm sintomas, têm uma escala de prioridades”. Preocupado por não poder testar todos os que tiveram em contato com casos positivos, o autarca lamenta: “Aquilo com que hoje somos confrontados é com situações em lares residências em que as equipas do INEM já fazem seleção entre os sintomáticos”.
Segundo lar de idosos com casos positivos em Famalicão
Em entrevista à Renascença, o autarca Paulo Cunha revela que no concelho de Vila Nova de Famalicão há um segundo lar de idosos com casos positivos. Trata-se do lar do Centro Social e Cultural de S. Pedro de Bairro, onde diz o presidente da câmara há 50 utentes. Já antes tinham sido registados casos na Residência Pratinha, em Cavalões, onde dos 33 utentes, vinte estavam infetados, bem como dez funcionários.
Neste segundo lar “dos 50 utentes, só nove foram testados, oito deram positivo. A nível dos colaboradores, dez deram resultado também positivo” contabiliza Paulo Cunha. O autarca alerta, no entanto, que “este resultado pode não ser real porque só temos uma amostra. Não temos ainda a avaliação feita a todos os utentes e a todos os trabalhadores. Era fundamental que isso acontecesse” desabafa o presidente da câmara.
O concelho de Famalicão reclama urgência na criação de um laboratório para realizar os testes em massa, uma vez que não está a ser assegurada a realização dos testes necessários, nomeadamente à população idosa e funcionários de instituições que lhe prestam auxilio. A autarquia já se disponibilizou para suportar os custos de um rastreio geral aos seus mais velhos de forma a ter um diagnóstico real.
Das entidades de saúde locais têm vindo respostas que referem a “complexidade da operação”. O autarca lamenta por isso não estar a ter “as respostas necessárias por parte das entidades de saúde”.
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