O número de casos de infeção pelo SARS-CoV-2 regista uma “possível inversão de tendência” para crescente, mas a mortalidade por Covid-19 e a ocupação hospitalar mantêm-se estabilizadas, indica o relatório da evolução da pandemia.
O número de novas infeções pelo coronavírus SARS-CoV-2 por 100 mil habitantes, acumulado nos últimos sete dias, foi de 178 casos, com “possível inversão de tendência para crescente” a nível nacional, refere o documento da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Ricardo Jorge (INSA) divulgado esta sexta-feira.
Segundo a DGS e o INSA, o índice de transmissibilidade (Rt) do vírus apresentou um valor superior a 1 a nível nacional, assim como no Norte, em Lisboa e Vale do Tejo, no Alentejo, no Algarve, nos Açores e na Madeira, o que “indica uma tendência crescente de novos casos nestas regiões”.
Apesar do aumento da incidência, o relatório avança que se regista uma estabilização da ocupação hospitalar por casos de Covid-19, com um total de 422 internados na última segunda-feira.
Quanto aos cuidados intensivos, os 27 doentes internados nessas unidades em Portugal continental correspondiam a 10,6% do limiar definido como crítico de 255 camas ocupadas por casos de Covid-19.
De acordo com o documento, a mortalidade específica por Covid-19 estava nos 7,2 óbitos a 14 dias por um milhão de habitantes, indicando uma estabilização, mas com uma possível tendência decrescente, valor que é bastante inferior ao limiar de 20,0 mortes definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC).
O INSA adianta ainda que a linhagem BA.5 da variante Ómicron continua a ser “claramente dominante em Portugal”, sendo responsável por 95% das infeções registadas no país.
“Entre as diversas sublinhagens em circulação em Portugal, destacam-se as BA.4.6 e BF.7, as quais apresentam mutações adicionais de interesse, com uma frequência relativa tendencialmente crescente em Portugal e uma considerável circulação em alguns países”, adianta o documento.
Perante estes indicadores, a DGS e o INSA recomendam que seja mantida a vigilância da situação epidemiológica da Covid-19, a manutenção das medidas de proteção individual, a vacinação de reforço e a comunicação frequente destas medidas à população.