​Fundação AIS pede ao governo britânico asilo para jovem cristã ameaçada de morte
24-02-2021 - 14:30
 • Ana Lisboa

Maira Shahbaz, de 14 anos, foi raptada em Abril do ano passado, no Paquistão, obrigada a casar-se e a converter-se ao Islão. A 18 de Agosto de 2020, conseguiu fugir do seu raptor e apresentou queixa na polícia.

A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) pede ao governo britânico asilo para jovem cristã ameaçada de morte.

Maira Shahbaz, de 14 anos, foi raptada em Abril do ano passado, no Paquistão, obrigada a casar-se e a converter-se ao Islão. A 18 de Agosto de 2020 conseguiu fugir do seu raptor e apresentou queixa contra ele na polícia.

A situação de "perigo extremo" em que se encontra levou o secretariado inglês da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre a apresentar ao executivo britânico um pedido para a concessão de asilo.

Este pedido inclui também a sua família mais próxima, uma vez que "são muito sérias as ameaças que recaem sobre todos eles", refere em comunicado a AIS.

A petição que fez o pedido de asilo reuniu mais de 12 mil assinaturas. Foi organizada "no âmbito da campanha #RedWednesday de alerta para situações de perseguição religiosa no mundo".

Este apelo foi entregue a Fiona Bruce, enviada especial do Primeiro-ministro para a Liberdade de Religião ou Crença.


Ao receber o pedido, esta responsável reconheceu que "a situação de Maira e da sua família é trágica", mas não foram abandonados. E sublinhou que "pediu uma avaliação urgente à responsável pela pasta do Ministério do Interior".

Recorde-se que Maira Shahbaz foi raptada quando se encontrava perto de sua casa em Madina Town, Punjab, em Abril do ano passado. Quatro meses depois, a 18 de Agosto, Maira conseguiu fugir do seu raptor, Mohamad Nakash Tariq, e apresentou queixa contra ele numa esquadra da polícia.

Nessa declaração perante os agentes da autoridade, "a jovem cristã afirmou ter sido raptada à força com uma arma apontada contra si. Posteriormente, disse ainda Maira à Polícia, foi drogada e forçada a casar e a converter-se ao Islão. Nesse testemunho, afirmou também ter sido violentada, chantageada e obrigada a prostituir-se".