A vice-primeira-ministra da Ucrânia e ministra da Reintegração dos Territórios Temporariamente Ocupados revelou que cerca de um milhão e duzentos mil ucranianos foram deportados de forma forçada para a Rússia, sendo que destes, 240 mil são menores e dois mil são órfãos.
Segundo a governante, em declarações citadas pelo Ukrinform, “mais de 1.500 civis ucranianos estão detidos como prisioneiros de guerra em Rostov e Kursk, mas não são prisioneiros de guerra, deviam ser libertados”.
Entre os civis ucranianos em cativeiro, Iryna Vereshchuk indica que há voluntários, ativistas, jornalistas, padres, deputados de conselhos locais e chefes de agências do governo local.
A vice-primeira-ministra ucraniana dá conta ainda de mais de 300 pessoas presas na fábrica de Azot em Severodonetsk, impedidas de abandonar o local pelas tropas russas.
“Atualmente, há mais de 300 pessoas na fábrica de Azot em Sievierodonetsk. Mas isso não é Azovstal, não há abrigos anti-bombas. Azot é uma fábrica química que não tem infraestrutura subterrânea”, disse.
“Apelámos à abertura de um corredor humanitário, a partir desta fábrica, com o uso da ponte Jubileu, que ainda não foi destruída, mas o inimigo não nos permitiu fazê-lo”, acrescentou.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 15 milhões de pessoas de suas casas, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).