Os deputados britânicos derrotaram a primeira-ministra, Theresa May, numa votação simbólica sobre a estratégia de Brexit na quinta-feira, afetando assim promessa que fez aos líderes da União Europeia de que ela podia aprovar o impopular acordo de saída se aceitassem as suas concessões.
Embora a votação não force o governo a mudar de rumo, os números vão reduzir a confiança dos líderes da UE de que May possa ganhar o apoio do parlamento para um acordo revisto.
A última reviravolta na negociação de dois anos para deixar a UE ressalta as profundas divisões no parlamento sobre como, ou mesmo se, a Grã-Bretanha deveria deixar o grupo dos 28.
Esta votação aumenta a possibilidade de a Grã-Bretanha sair sem um acordo, um cenário muito negativo para muitas empresas, ou pelo menos de o Brexit ser atrasado ou potencialmente nunca acontecer.
Alguns conservadores e muitos parlamentares da oposição acusam May de "atrasar o relógio", aproximando a Grã-Bretanha da data de saída para tentar forçar o parlamento a escolher entre apoiar o seu acordo ou sair sem qualquer acordo.
Para tentar evitar esta “saída sem saída”, vários deputados fizeram propostas alternativas.
A data crucial para o governo é a 27 de fevereiro, quando May prometeu a próxima ronda de votos. Os deputados que procuram forçar o governo a adiar o Brexit dizem que será o momento em que vão definir o rumo a tomar.