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A jornalista que protestou contra a guerra durante um noticiário da televisão estatal russa, foi esta terça-feira condenada ao pagamento de uma multa de 30 mil rublos, o equivalente a 240 euros. Marina Ovsyannikova foi libertada.
A jornalista estava acusada de "organizar um evento público não autorizado", crime que podia resultar numa pena de 10 dias de prisão e uma multa de 30 mil rublos.
Marina Ovsyannikova entrou em direto num noticiário da televisão estatal russo envergando um cartaz contra a guerra na Ucrânia.
"Não à guerra", "Não acreditem na propaganda", "Aqui mentem-vos" e "Os russos são contra a guerra" foram as frases exibidas no cartaz, onde estavam ainda desenhadas as bandeiras russa e ucraniana.
A União Europeia (UE) aplaudiu hoje a coragem dos cidadãos russos que exprimem a sua oposição ao regime de Vladimir Putin, nomeadamente a jornalista que interrompeu o noticiário mais visto exibindo um cartaz contra a invasão da Ucrânia.
Aplaudimos a contínua coragem dos valentes cidadãos russos, e dos cidadãos russos amantes da paz, que ousam expressar a sua oposição a esta guerra de Putin, apesar de todas as restrições existentes", disse, no 'briefing' diário da Comissão Europeia, o porta-voz para os Negócios Estrangeiros, Peter Stano.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, um ataque que foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, que tem imposto uma série de sanções económicas a Moscovo.
[em atualização]