O Papa volta a defender “a coexistência pacífica de dois Estados dentro de fronteiras mutuamente concordadas e internacionalmente reconhecidas” em Jerusalém.
Na bênção Urbi et Orbi, no Vaticano, Francisco aguarda que “o Senhor sustente também os esforços de quantos, na comunidade internacional, se sentem animados pela boa vontade de ajudar aquela martirizada terra a encontrar – não obstante os graves obstáculos – a concórdia, a justiça e a segurança por que há muito aguarda”.
Esta posição do Papa surge poucas semanas depois de o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter decidido que Jerusalém deve ser a capital de Israel.
Na mensagem de Natal, o Sumo Pontífice deixou também uma chamada de atenção para a situação na Síria.
“Vemos Jesus no rosto das crianças sírias, ainda feridas pela guerra que ensanguentou o país nestes anos. Possa a Síria amada encontrar, finalmente, o respeito pela dignidade de todos, através dum esforço concorde por reconstruir o tecido social, independentemente da pertença étnica e religiosa”, referiu.
Também a situação tensa na península coreana não foi esquecida por Francisco.
“Vemos Jesus nas crianças de todo o mundo, onde a paz e a segurança se encontram ameaçadas pelo perigo de tensões e novos conflitos. Rezamos para que se possam superar, na península coreana, as contraposições e aumentar a confiança mútua, no interesse do mundo inteiro”, acrescentou.
O Sumo Pontífice voltou ainda a falar dos refugiados e migrantes que são obrigados “a deixar o seu país, viajando sozinhas em condições desumanas, presa fácil dos traficantes de seres humanos”. “Através dos seus olhos, vemos o drama de tantos migrantes forçados que chegam a pôr a vida em risco, enfrentando viagens extenuantes que por vezes acabam em tragédia”.