O Papa manifestou a sua preocupação pela situação que se vive na Nicarágua onde, nos últimos dias, a Igreja Católica tem sido palco de atos repressivos por parte do regime.
Esta manhã, no Vaticano, Francisco apelou ao diálogo, para que sejam encontradas bases para um entendimento pacífico.
“Sigo de perto com preocupação e dor, a situação que se vive em Nicarágua e que envolve pessoas e instituições. Quero exprimir a minha convicção e o meu desejo de que seja permitido um diálogo aberto e sincero, e que possam ser ainda encontradas bases para uma convivência respeitosa e pacífica.”
“Apelamos ao Senhor que pela intercessão da Virgem, que inspire nos corações de todos esta vontade concreta”, sublinhou depois da habitual recitação do Angelus.
Nos últimos tempos, o governo de Daniel Ortega tem feito perseguições à Igreja Católica, tendo já detido três sacerdotes e um bispo. O regime fechou ainda estações de rádio católicas e expulsou do país as Missionárias da Caridade, instituição fundada por Madre Teresa de Calcutá.
O chefe de Estado descreveu como “terroristas” os bispos nicaraguenses que atuaram como mediadores num diálogo nacional em busca de uma solução pacífica para a crise que o Nicarágua atravessa desde abril de 2018.
As Conferências Episcopais de Cuba e da Itália já manifestaram a sua solidariedade à Igreja Católica na Nicarágua, criticando atos de perseguição e violência por parte do Governo local.